Troféu Gil Rocha, o baixinho merece
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Por Fernando Rodrigues, especial para o VEC
Mais que centenário, o Campeonato Paranaense começa esta semana mantendo vivo o sentimento “raiz” de quem gosta mesmo de futebol.
Gente como Gilberto Rocha Manoel, o “filho ilustre de Siqueira Campos” como diriam os narradores tradicionais, ou Gil Rocha como o Paraná e o Brasil aprenderam a acompanhar. Ele frequentava os estádios como profissional mas sem esquecer a paixão do torcedor.
Este ano, o “baixinho” não vai narrar, nem comentar, a saudade estará em campo.
Por isso, justa a homenagem da Federação Paranaense de Futebol em dar o nome de Gil Rocha ao troféu de campeão.
Campeonato Estadual, um sobrevivente no mundo globalizado da bola, sem aquela grana toda mas, com certeza, cheio de sonhos originais de jovens jogadores e aqueles torcedores que botam o ingresso na mesma cesta básica do arroz e feijão.
Desse universo mágico, Gil sempre falou, o jornalista bem sucedido tinha a memória repleta de casos e causos da bola.
E que ninguém falasse mal de um Operário X Cianorte, nem se atrevesse a criticar o VGD ou a Estradinha.
Gil cobriu Copas e Olimpíadas, abraçou Pelé, e esteve nos títulos nacionais de Coritiba e Atlético (o H veio depois).
O que ele gostava mesmo era de estampar o orgulho de estar em São Januário no distante fevereiro de 1978, quando o Londrina bateu o Vasco no mais histórico dos jogos do Tubarão.
O coração de torcedor sempre foi do LEC, ainda que a carreira profissional tenha sido marcada pelo amor ao esporte.
Ao final do campeonato deste ano, quando o time vencedor erguer o Troféu, Gil Rocha vai estar lá aplaudindo o futebol como sempre fez!
O Gil, direto do camarote do estádio celeste, com as cores do Lec, de olho em tudo. Justa homenagem da federação, lindo texto do Fernando Rodrigues