Demos de 10 a zero no Ypiranga no Café

Por Claudio Osti

Talvez o leitor não tenha entendido o título. Mas, convenhamos, o uniforme do nosso glorioso Tubarão é muito mais bonito do que o do Ypiranga. Ontem, então, fabuloso combinando com aquele céuzão limpo, celeste, iluminado.

Aqueles tons de verde e amarelo do Ypiranga, mesmo que inspirados na bandeira brasileira, parecem amorfos, sem vida. Neste aspecto, ontem goleamos o time de Erechim. Mas foi só neste.

Quando aquele grupo vestindo azul celeste pisa no gramado, é algo inexplicável. Provoca emoções.

Ontem, no entanto, as emoções não foram tão agradáveis. O motivo, que ficou claro para os quase dois mil torcedores no estádio, foi que o problema não estava no uniforme do glorioso Tubarão. Mas o que estava dentro do uniforme, em quem vestia o manto sagrado.

Convenhamos, tomar 4 gols do Ypiranga, no Estádio do Café, é um absurdo.

Tá, dá pra dizer como atenuante que o Londrina começou o ano montando um time do zero, já que não havia atletas inscritos depois da saída do gestor anterior, que preferimos não citar o nome neste momento para não criar mais atritos.

Terminado o Paranaense, percebeu-se que o grupo era carente de nova transformação, pois alguns atletas que estavam no grupo teriam dificuldade de disputar como titular os campeonatos amadores da região.

Veio nova leva de jogadores. Ou seja, reinício de trabalho quase do zero.

Mas tomar de 4 no Café, não dá. Não tem desculpa.

O Ypiranga, até pra não dizer que não falamos no jogo em si, foi bem. Dominou a partida do começo ao fim. Aos 4 minutos marcou com Alisson, aos 33 com Willian, aos 69 com Matheus e colocando o último prego no caixão, Jhonatas marcou o quarto aos 89 minutos.

Ao Londrina só faltaram algumas coisinhas, talento: técnica, estratégia, vontade e não comer feijoada minutos antes da partida.

Mas, fora isso, dá pra comemorar. O nosso uniforme é um dos mais bonitos entre todas as divisões do futebol Brasileiro. Já o que vai dentro dos uniformes…