Dorival Jr x Carpini. O tratamento diferente da mídia
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Po Edson Ferracini
O futebol enquanto metáfora da vida entrega cabeças numa bandeja às “feras do Coliseu”, ao mesmo tempo em que abraça carinhosamente o coitadismo.
Dorival Junior ao ser demitido do Flamengo – por ser boa praça – teve o sentimento de pena de si mesmo absorvido e alimentado generosamente pela maioria da imprensa.
As circunstâncias de ter abandonado o Ceará pra dirigir o Flamengo – e deixado o São Paulo pra ir para a seleção foram irrelevantes. Se o clube pode mandar embora quando quiser, o treinador também pode sair quando desejar. Nada mais justo.
O que pesa, para mim, são pesos e medidas diferentes. Para o jovem e promissor treinador Thiago Carpini – o sonho de dirigir um gigante virou uma curtíssima quimera. Em apenas 18 partidas seu anseio se tornou uma vã e melancólica provação.
Foi atacado impiedosamente pela mesma turma que carregou nos braços a autopiedade do outro.
E olha que nesse curto espaço de tempo o jovem treinador ganhou a Supercopa do Brasil em cima do Palmeiras – e quebrou o jejum de vencer o Corinthians em Itaquera – circunstância esta que incomodava demais a torcida tricolor.
O vitimismo de acolhida a Dorival, para Carpini, foi a “arena romana” sem escudo e sem espada.
Aprenda garoto, repito: o futebol é uma metáfora da vida!