Agassi, autobiografia, eu recomendo

Por Edson Ferracini

Nem sei quantos livros tenho – são muitos – sobre o jogo de tênis e também biografias, estas dos maiores astros do mundo – bem como as de jogadores de menos fama.

A melhor – de longe – é a de André Agassi. Um livro que escancara de peito aberto as escolhas erradas, as derrotas doloridas, as perdas, o ressurgimento, os amores, o relacionamento difícil com o pai…Uma história dolorosamente humana de um gigante das quadras.

Estou relendo – e como dizia o dramaturgo Nelson Rodrigues – “nada se compara à primeira vez que lemos e jamais voltaremos a sentir igual. A releitura nos dá um sentido mais pleno de um sentimento e nos faz sonhar outra vez”

Entre tantas e tantas passagens emocionantes, como exemplo, vou relatar uma:

Depois de ter perdido 3 finais de Grand Slam seguidas, Agassi ganhou seu primeiro major em Wimbledon/92.

Ao olhar para seu adversário Goran Ivanisevic – sentado na cadeira com a toalha cobrindo o rosto após a final – Agassi viaja em pensamento:

• Agora que venci um Grand Slam, sei de uma coisa que muito pouca gente no mundo pode saber. A intensidade de uma boa sensação pela vitória não é maior que a péssima sensação de uma derrota. Um sentimento de triunfo NÃO dura tanto quanto um sentimento de fracasso. Nem de perto.

Recomendo a leitura.