90 minutos para rachar um país
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Por Guilherme Lima
90 minutos para rachar um país
Maradona é um mito. Um herói.
Midiático quando não tinha redes sociais.
Gol de mão que valeu mais do que uma bomba atômica na Guerra das Maldivas. Ele é uma lenda argentina. Tem até igreja maradoniana. Só que Messi joga mais do que ele.
Carreira mais longeva e mais brilhante. Mais vitoriosa. Isso, na perspectiva de um brasileiro. Se Messi der o tri para a Argentina, no domingo, muitos argentinos, sobretudo os mais jovens, os da era do videogame, vão colocá-lo acima de Dieguito. Aí, 36 anos depois, com título de Copa, até os mais velhos vão começar a discutir se Messi passou Maradona. Pelo menos, na bola.
O título do Mundial pode dividir um país e reorganizar o seu ranking de melhor jogador. O mito do Maradona é imutável. Inatingível. Um personagem único.
Contudo, nos gramados, Messi é “la pulga” atrás da orelha que os argentinos aprenderam a reverenciar e, provavelmente, vão posionar como número um, futebolísticamente falando. O (bom) problema é deles. Maradona ou Messi.
Para nós brasileiros e para quem entende minimamente de futebol, o jogador perfeito atleticamente, completo em fundamentos, pé direito, pé esquerdo, cabeceio, domínio, passe, habilidade, técnica, força, carisma e muito mais, é um homem, literalmente, de Três Corações.
Único.
Atleta do Século.
Rei do Futebol.
Indiscustível.
Incomparavél.
Pelé é Pelé.
Ele não divide opiniões.
Une.
E o Brasil tem tantas feras, lendas, craques e mitos como Friedenreich, Leônidas, Didi, Garrincha, Rivelino, Zico, Romário, Ronaldo, Rivaldo e, tantos outros, que sabem que são do honroso segundo lugar para baixo, já que o Rei está acima de tudo e de todos, brasileiros e estrangeiros, no almanaque do futebol.