Eu estive em Roland Garros

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Por Edson Ferracini

Roland Garros chegando e me vêm à mente ternas lembranças das duas vezes em que lá estive: 2008 e 2013.

Em 2008 – do último degrau da quadra Phillipe Chatrier – tirei uma foto da charmosíssima quadra 1 lotada. A quadra não existe mais, em seu lugar foi construída a moderna quadra Simone Mathieu.

Entre as duas quadras fica a praça dos mosqueteiros – René Lacoste, Jean Borota, Henri Cochet e Jacques Brugnon – homenageados por vencerem a Copa Davis por seis anos consecutivos.

Na praça, lindíssima, tem estátuas dos quatro. O local é o principal ponto de encontro em Roland Garros. Como disse mestre Paulo Cleto em seu livro “Gustavo Kuertem e Roland Garros – uma história de amor” – a praça dos mosqueteiros é o coração do Aberto da França.

No livro – magnífico – Cleto faz uma narrativa encantadora dos três títulos do “manezinho da ilha” na terra batida mais famosa do planeta.

Com fotos magníficas e detalhes das partidas como SÓ o Paulo consegue enxergar, o autor ainda nos brinda com sua visão sedutora de Paris: “a cidade luz para os olhos e para o espírito”

Assim Paulo definiu o MATCH POINT DA CARREIRA DO GUGA, naquele 5o set contra Thomas Muster, daquela vitória da terceira rodada de 1997 que mudou tudo:

  • Após uma subida à rede em um voleio em que se esticou todo e a bola mal passou da rede, Guga viu o “Animal do Tirol” chegar nas últimas e lançar a bola ao seu lado direito. Abusado, jogou a bola por cima de Muster. Este ainda correu para o fundo da quadra e devolveu. Guga por um instante pensou em acabar a partida com um voleio, mas para o nosso sossego, deixou a bola voar fora e partiu direto para o abraço da galera.

Sempre que Roland Garros se aproxima me lembro de uma das maiores emoções que já senti no esporte. Foi no último jogo da carreira profissional de Gustavo Kuerten.

Em duplas – A HISTÓRIA REGISTROU – na brisa da charmosa quadra 3 lotada, pulsando, fervendo…um lado das arquibancadas gritando em uníssono: Allez Gugá…Allez Gugá!

O outro lado da galera respondia aos berros: Olê, Olê, Olê, Olá… Gugá, Gugá! Entre brasileiros e franceses que reverenciavam seu ídolo minhas lágrimas desceram. Eu estava lá!

As fotos são da extinta quadra 1 – do livro do mestre Paulo Cleto – da praça dos mosqueteiros e da última partida da carreira profissional do “manezinho da ilha”.

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