ESTA É A HISTÓRIA DE UM SAMBA COMOVENTE"
- 180 visualizações
“Ai Corinthians, cachaça do torcedor
Colorido em preto e branco
Sem preconceito de cor”
Por Edson Ferracini
O compositor Paulinho Nogueira, falecido em 2003, corintiano dos “bão” e primeiro mestre de Toquinho, havia composto “VINTE ANOS DE ESPERA” pouco antes da final do Paulistão/1974.
A espera pelo final da “fila” acabaria? O anseio, este verdadeiro enredo de aflição, enchia de esperança os sofridos corações alvinegros. A expectativa do “SERÁ?” agitava o Brasil todo.
O gol de Ronaldo para o Palmeiras, aos 22 minutos da etapa final daquele 22/12/1974, além de entristecer a nação corintiana espalhada por todos os cantos do país, emudeceu a absoluta maioria dos 120 mil torcedores que lotaram o Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o gigantesco Morumbi, como dizia o saudoso Fiori Gigliotti.
E o Alvinegro do Parque São Jorge, de Rivelino e Zé Maria, sucumbiu ao Alviverde do Parque Antárctica de Dudu e Ademir da Guia, seu histórico rival.
E o maestro Roberto Rivelino, o Reizinho do Parque, numa injustiça sem precedentes, foi escorraçado do seu trono como se o culpado fora ele. Deposto, foi vestir a gloriosa camisa do Fluminense e desfilar seu maravilhoso futebol no maior dos palcos, o Maracanã.
O Samba de Paulinho, na época, ficou marcado como uma espécie de personificação do sofrimento da alma corintiana. A redenção viria três anos depois com aquele lendário gol de Basilio contra a Ponte Preta.
Parafraseando Moacir Franco – num flashback dos sonhos a história gravou.