Vitória de ontem do Londrina tira a corda do pescoço do técnico Edinho
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Se tem uma máxima no futebol brasileiro é que a única coisa que segura técnico é a vitória. No Brasil são raros os times e torcidas que têm paciência para deixar o treinador trabalhar pensando no longo prazo. Por aqui é tudo para ontem.
Edinho, técnico do Londrina, assumiu a equipe há pouco mais de um mês. Do time do ano passado sobraram apenas alguns gatos pingados. A maioria do time hoje é composta por garotos da base e jogadores que até o momento não tiveram exatamente alguma expressão no futebol brasileiro.
Ou seja, é começar do zero.
Ontem, no Estádio do Café, contra o Operário Ferroviário, de Ponta Grossa, um dos mais recentes maior adversário do Londrina, o time azul celeste venceu, por 3 a 2. Foi a primeira vitória do time no Paranaense. Antes, havia perdido para o Cianorte e Cascavel e empatado com o Azuriz.
O Tubarão abriu o placar com Clinton, o Fantasma virou com Dudu e Felipe Augusto, mas o LEC voltou a virar com João Paulo, de pênalti, e Cirilo.
A campanha que o Londrina vinha fazendo, óbvio, era compreensível. Time novo, jogadores desconhecidos, sendo apresentados um ao outro pouco tempo antes das partidas, o técnico, também em início de carreira, sem ter tempo suficiente para conhecer bem os atletas e implantar suas ideias de jogo.
Mas, duas derrotas e um empate haviam colocado a faca no pescoço de Edinho. O mais interessante é que o time vinha fazendo boas partidas, criando diversas oportunidades de gol e nada da bola entrar.
Desta vez, coisa rara, até o juiz ajudou.
O pênalti marcado pelo árbitro Eduardo da Silva Silveira, sobre Felipe Vieira, não aconteceu. A jogada não foi falta e, pior, aconteceu fora da área.
Enfim, o técnico Edinho terá alguns momentos de refresco, poucos na verdade, pois domingo o Tubarão enfrentará o Aruko, em Maringá.
Desde o tempo que jogava nas ruas Vila Brasil as peladas de todos os dias, uma coisa era bem clara, futebol é conjunto. Quanto mais a gente jogava junto e conhecia o amigo, mais fácil era o entrosamento. Aprimoramos as qualidades e defeitos do conjunto, por mais que o individualismo fale mais alto no futebol. E tive a sorte de ter um técnico como o Ticão, que jogou no LEC e juntou os meninos da rua no “Preserve” e fomos vice-campeões em 1981, numa final no Campo da Portuguesinha, num time que tinha Joilton como o craque (eu era o reserva dele rsrsrsrs). E tinha gente muito boa (não era o meu caso) como Celso Pozzato (um baita volante), Fernando Barriga (grande zagueiro) e outros. Treinar é essencial, conhecer as táticas é mais que “resenha”, é conhecer posição, cobertura, hora de recuar, hora de atacar, segurar a bola e tantas coisas que essa geração “FIFA” e das redes sociais não entendem. O técnico é um organizador, e para isso, precisa conhecer o que tem nas suas mãos e o que quer passar, e leva tempo. Dito isso, lembro que ninguém sabe ao certo afirmar quem crioua frase de “jogo é jogo e treino é treino”, contudo se você não treina, você não executa o jogo de verdade. Deixa o príncipe treinar, depois vamos criticar o trabalho.