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Vitória de Alcaráz, mas o "velhinho" está bem vivo

Vitória de Alcaráz, mas o "velhinho" está bem vivo

Por Edson Ferracini

O semblante feliz, o sorriso largo de Novak Djokovic na cerimônia de premiação de Wimbledon – parece querer mostrar ao mundo que o “velhinho” campeão não vai entregar tão facilmente a coroa ao novo rei.

O resultado da final – vitória de Alcaráz em três sets diretos jogando muito tênis – não pode se dissociar do contexto envolvido na preparação de Nole para o torneio.

O sérvio fez uma artroscopia no joelho 26 dias antes do início do torneio, imagino o quão difícil e prejudicada foi a preparação.

Mas como a ventura acompanha os grandes, o cosmo conspirou no sorteio da chave:

Pegou em sequência um Wild Card, um Qualifier e teve o abandono de Alex De Minaur nas quartas de final – que além de ser um carne de pescoço – conhece bem o jogo na grama como bom australiano que é.

Na semi, com todo respeito a Lorenzo Musetti, o italiano jamais havia passado das quartas de final em um grand slam – e nunca venceu um top 5 na carreira.

A dedução lógica é que a caminhada até a final não foi difícil para um jogador do nível de Djokovic, mesmo com a circunstância acima citada. Os placares revelam isso, o sérvio sequer foi testado.

Já Alcaráz teve o caminho bem mais difícil para a chegar à final, onde chegou com muito ritmo de jogo e voando baixo em quadra.

Deu no que deu – vitória em sets diretos, com 2 sets tranquilos – 6/2 6/2 – e o tie break do terceiro set só aconteceu por uma “viajada” do espanhol.

Sacando em 5/4, 40/0 – Alcaráz teve 3 match points pra fechar o jogo e acabou não cacifando.

Acredito que o sérvio ” comedor de fígado” – vai brigar com os craques da
next generation por pelo mais uns dois anos.

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Edson Ferracini

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