Tite, Cássio e a ingratidão
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Por Edson Ferracini
Será que Tite teria a carreira que teve sem a presença do goleiro Cássio na sua trajetória?
A conquista, pelo Corinthians, da Libertadores e do Mundial de 2012, foi o grande divisor de águas da carreira do treinador gaúcho, antes um comandante de prateleira menos elevada. E é aí que entra o arqueiro alvinegro.
A defesa milagrosa no chute de Diego Souza nas quartas de final da Libertadores é sempre lembrada, mas e as defesas contra o Chelsea ?
Na final do mundial foram 7 no total, mas com 3 milagres – em especial aquele chute de Moses. Cássio, com a visão encoberta, conseguiu tocar a bola pra fora no limite dos limites.
A FIFA até divulgou uma matéria especial sobre os milagres do goleiro corintiano naquele jogo.
E qual seria, então, a ingratidão de Tite?
Na Copa de 2018 levou o Cássio como terceiro goleiro – preferindo escalar o predileto de Tafarel desde a base do Internacional, o goleiro Alisson.
Nada contra o Alisson – goleiro do Liverpool e considerado entre os melhores – mas em duas copas do mundo não fez a diferença que se espera dos grandes. As bolas difíceis contra sua baliza entraram, e nos pênaltis – para mim – foi uma decepção.
Cássio é goleiro de jogo grande, das defesas impossíveis e um grande pegador de pênaltis.
Até hoje – pela distância do petardo do De Bruyne contra a Bélgica – fico imaginando o gigante Cássio saltando e chegando naquela bola.
O arqueiro corintiano é aquele tipo de personagem do mundo da bola que até um parmerense como eu gosta.E olha que que ele já me fez passar muita raiva nos derbys entre Palmeiras e Corinthians de tempos atrás.
O encaminhamento vitorioso da carreira de Tite como técnico de primeira linha no cenário internacional – se deve muito ao goleiro Cássio.
Para mim o treinador pagou com ingratidão na Copa de 2018.