Roland Garros, despedida de Guga, eu estava lá
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Por Edson Ferracini
Com a abertura, neste domingo (22), de mais uma edição de Roland Garros, lembro com saudade e muitos detalhes, da primeira vez que fui ao Aberto da França, em 2008.
A primavera da Cidade Luz versava, por todos os seus cantos, a luta de 128 homens e 128 mulheres em suas buscas pela glória.
Os comercias de televisão, as revistas, os jornais e os outdoors espalhados pela cidade, nesta época do ano, como uma febre, vivem intensamente a agitação e alegria que tomam conta da metrópole mais charmosa do planeta.
E esse pulsar pode ser sentido desde os bistrôs da Avenida dos Campos Elísios até os charmosos e históricos Cafés de Saint Germain-des-Préss.
Em Paris, na segunda quinzena de Maio, só se fala do jogo da terra batida que é jogado no lendário saibro vermelho de Roland Garros. E as partidas são magníficas.
David Foster Wallace, jovem escritor americano, que suicidou-se em 2008, ou seja, naquele ano, escreveu um ensaio maravilhoso a partir de um jogo memorável.
Um dos parágrafos do texto diz:
“O tênis na TV está para o tênis ao vivo, como um vídeo pornográfico está para a real sensação do amor”.
E uma das maiores emoções que tive nesta minha já longeva vida ligada ao esporte, foi ter visto, naquele ano, as duas ultimas partidas da carreira profissional do Guga, o nosso manezinho da ilha. Vou narrar aqui a última, que para mim foi a mais emocionante.
Foi nas duplas com seu parceiro francês Sebastien Grosjean, na pequena quadra 3 lotada, pulsando, fervendo…A “francesada” de um lado gritava em uníssono::
- Allez Gugá…Allez Gugá…Allez Gugá!!!!
Do outro lado da quadra a “brasilerada” respondia aos berros:
- Olê, Olê, Olê, Oláaaa…. Gugá, Gugáaaa!
As lágrimas desceram! Eu estava lá! Eita!