Por capricho, a bolinha pegou na rede e não passou
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Por Edson Ferracini
“Cada aspecto da vida se traduz em um match point numa final de Grand Slam. Como lidar com isso? Concentre-se no momento presente e confie em si mesmo, acredite em si mesmo”
Novak Djokovic disse isso após a final de Wimbledon 2019 – quando venceu Roger Federer por 7/6 – 1/6 – 7/6 – 4/6 e 13/12.
No jogo Roger esteve à frente em todas as estatísticas, mas Nole venceu os três tie breaks, e o derradeiro por 13/12.
Mas o mais incrível desse jogo é que Roger, depois de ter vencido Nadal na semi, contra Djokovic foi sacar em 8/7 no quinto set. Em 15/15 Roger acertou um ace, em 30/15 fez outro ace.
40/15, dois match points para vencer o championships mais uma vez – Roger novamente saca fechado no T.
Djokovic estava inclinado para o lado oposto – ou seja seria como pênalti que o goleiro cai de um lado e a bola vai para o outro.
Mas, ao invés do terceiro ace consecutivo e o 9° título de Wimbledon, a bola pegou na fita e caiu para trás.
Novak estava mal posicionado, o que é raríssimo. A bola mesmo sem muita força, caso passasse a rede, faria de Federer o vencedor da partida.
A ventura, que tantas vezes já sorriu para o lado helvético, daquela vez – como também em outras – foi madrasta com o maestro suíço. Por “capricho” pegou na rede e não passou.
44 minutos depois Novak conquistava seu primeiro match point e o campeonato.
Não me lembro de ter ficando tão triste com uma derrota no tênis. Mesmo nas minhas – e foram muitas doídas – quando jogava campeonatos amadores por aí a fora.