LEC, um time de forasteiros?
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por Edson Ferracini
O que outrora trazia afetos hoje desperta, para meu espanto, até uma certa indiferença.
A forma como o nato “Caçula Gigante, hoje “Destemido Tubarão”, distanciou-se do seu povo e da sua “Filha de Londres” é assustadora, e vêm do modelo de seu gestor.
E isso transcende os caminhos da bola. A ferida aberta criada pela SM Sports pode ser simbolizada no seu sofisticado centro de treinamento, equivalente aos melhores do país, mas que sequer pode ser visitado pelo cidadão londrinense.
Já vi torcedor zombar, sentir raiva, fazer provocações.. mas o que fica é o desprezo do gestor em construir sociabilidades, estabelecer pertencimentos… E isso, infelizmente, está tornando o nosso Tubarão um clube sem alma, apesar de sua linda história.
A soberba do “estranho no ninho” desconsidera o torcedor alvi celeste, mas ele ainda está aqui, mesmo com as arquibancadas vazias.
No silêncio ensurdecedor de um grito mudo de gol que não valeu, ele ainda está aqui. No distintivo da rama do café batendo do lado esquerdo do peito, ele ainda está aqui. Mas até quando???
Quem sabe um dia a “Little London” acorda e as arquibancadas do Estádio do Café não mais necessitem de forasteiros. Eita!