Federer, o maestro, encerra a carreira vitoriosa
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Por Edson Ferracini
E o maestro Roger Federer encerrou sua carreira. Editei, atualizando para hoje, um texto que havia escrito há 4 anos. Essas fotos de 2003 inspiraram a canção “Born to win Wimbledon” que compus para homenagear o Rei. Segue o texto:
“E fica um gosto de usado
Naquilo que nem se tocou
A gente dormiu acordado.
E o tempo depressa passou.
O tempo não para no porto
Não apita na curva
Não espera ninguém”
Desde a tardinha daquele verão de 2003, quando um menino na “Grama Sagrada” ajoelhou-se em gratidão
e reverência pela vitória, os anos passaram-se num relâmpago.
Idolos surgiram e se foram; convulsões politicas e sociais espalharam-se pelos continentes; cidades milionárias ergueram-se no meio do deserto; um negro carismático foi eleito presidente da maior potência do planeta …
Mas o legado deixado ao esporte por aquele menino permanece firme como um rochedo cravado no meio do mar revolto. Jamais deixará de estar ali, de marcar sua presença.
A herança ao tênis legitimada pelo maior embaixador do esporte, hoje move milhões e milhões de dólares pelos confins do globo.
Roger Federer atraiu para si pessoas de todas as raças, gerações e interesses:
Dos roqueiros headbangers aos amantes de ópera; dos craques dos maiores estádios do mundo aos peladeiros de final de semana; dos melhores tenistas da história aos veteranos das duplas parelhas nas quadras e nas rodas de cerveja nos clubes…
Hoje o maestro suíço, qual suave brisa, recolheu – se do jogo. O tênis jamais será o mesmo depois dele.
Sua mágica carreira, sabemos, foi construída e revelada ao longo de anos, como a luz do sol que acompanha o dia até o momento de ir embora ao
final do crepúsculo.
“E que o passado abra os presentes pro futuro
Que não dormiu e preparou o amanhecer…”
Vida longa ao Rei!