Artigos

A GUERRA DOS SEXOS!

A GUERRA DOS SEXOS!

Por Edson Ferracini

Grandes atletas, em sua maioria, tornam-se simples ornamentos na prateleira de nossas lembranças.

Billie Jean King deixou um legado maior: luz, exemplo, ensinamento, respeito…não só pelos seus 39 títulos de Grand Slams, mas por protagonizar e vencer a “Batalha dos Sexos”.

O jogo foi um marco na história do esporte feminino do planeta pelas reinvindicações de igualdade da mulher.

A GUERRA DOS SEXOS!
Billie Jean e Bobby Riggs

Bobby Riggs, ex tenista profissional vencedor de Wimbledon e do US-Open, um playboy bronzeado, especialista em tirar dinheiro de tenistas amadores trouxas nos clubes e hotéis de luxo da Califórnia, aos 55 anos, proclamava aos 4 cantos:

  • O tênis feminino é tão medíocre que a melhor jogadora do mundo seria humilhada por um veterano como eu.

Desafiou Billie Jean e esta declinou da provocação. Armaram, então, um jogo contra Margareth Court, a segunda melhor jogadora do mundo. A australiana desmoronou emocionalmente e foi massacrada por 6/2 6/1.

A derrota foi ultrajante não só para o tênis, mas para todo o esporte feminino. A dignidade das mulheres estava em jogo. King não poderia declinar de mais um desafio daquele porco chauvinista.

O jogo aconteceu em Houston, no dia 20/09/1973, para uma plateia de 32 mil torcedores. Foi transmitido pela TV para mais de 35 países, com audiência recorde de mais de 50 milhões de pessoas.

Billie Jean, numa melhor de cinco sets, venceu o experiente fanfarrão por três sets a zero, com parciais de 6/4 6/3 6/3.

A partir deste encontro épico as reinvindicações igualitárias passaram a ser respeitadas, atendidas, expandidas para outros esportes e para distintos segmentos da sociedade.

Billie Jean virou mito, está imortalizada em crônicas, versos, revistas, narrações, livros, entrevistas, filmes…e na canção Philadelphia Freedom (Elton John), e Billie Jean(Michael Jackson).

Hoje o complexo de Flushing Meadows, onde é jogado o Aberto dos Estados Unidos, foi honrosamente batizado como o seu nome.

Compartilhe
Escrito por
Edson Ferracini

Edson Ferracini

Deixe seu comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *