Cuca vive momento crítico após derrota em casa para o Cruzeiro
Em uma noite de crescente inquietude na Arena MRV, o técnico Cuca emerge como o epicentro de uma crise silenciosa mas potente no Atlético Mineiro. Após a derrota por 2 a 0, diante do arquirrival Cruzeiro na partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil, a situação do treinador alcançou níveis de tensão raramente vistos em sua passagem pelo clube.
Admissão pública da má fase
Cuca não poupou a autocrítica na coletiva pós-jogo. Reconheceu que o Atlético não está jogando “em todo o seu potencial” e admitiu que jogadores importantes “estão abaixo do esperado” — sem deixar de ressaltar, porém, que isso não se deve à falta de empenho da equipe.
Desgaste físico e emocional
Além do revés dentro de campo, o treinador enfrenta um desgaste físico considerável. Ele revelou estar com uma lesão no ombro, que o impediu de treinar como gostaria e o deixou “abatido”. Na quinta-feira (28/8), Cuca passou por cirurgia matinal e recebeu alta nessa sexta, mas seu retorno ao trabalho ainda não foi definido.
Coletiva soturna e sinais claros de desgaste
Cuca mostrou-se cabisbaixo e com discurso contido nas entrevistas. Em diferentes veículos, assume a responsabilidade pela fase ruim, afirma que não tem prazo nem certeza de que o time vai melhorar, apesar de fazer o “melhor que pode” . A insistência contínua em sofrer gols de bola parada, mesmo após treinamentos específicos, também foi motivo de frustração.
Atrito após o jogo
No calor do clássico, outro incidente acendeu ainda mais a tensão: um bate-boca entre Cuca e o dirigente do Cruzeiro, Paulo Pelaipe, foi registrado enquanto os dois caminhavam por espaços adjacentes da Arena MRV. O treinador minimizou o episódio, pedindo para que a comemoração cruzeirense não evoluísse para algo mais tumultuado.
Pressão crescente e decisões em pauta
A derrota não apenas deixa o Atlético em desvantagem clara (agora precisará vencer por ao menos dois gols para forçar os pênaltis), como também expôs a vulnerabilidade do trabalho de Cuca. Segundo o UOL Esporte, a diretoria da SAF já considera o clima “insustentável” e discute a possibilidade de uma demissão ainda hoje.
