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Caiu mais um: Renato Paiva, do Fortaleza. Brasileirão mostra que não há espaço para técnicos sem resultado

Caiu mais um: Renato Paiva, do Fortaleza. Brasileirão  mostra que não há espaço para técnicos sem resultado

A demissão de Renato Paiva do Fortaleza, confirmada nesta terça-feira (2), é apenas mais um capítulo de um enredo conhecido no futebol brasileiro: a pressão implacável da Série A sobre técnicos que não conseguem entregar resultados imediatos.

Paiva chegou ao Leão em julho, após a saída de Juan Pablo Vojvoda, com a missão de salvar a equipe do rebaixamento. Menos de dois meses depois, acumulou apenas uma vitória em dez jogos, viu o time afundar ainda mais na tabela e acabou desligado. O Fortaleza ocupa a penúltima posição, com 15 pontos, e já soma oito partidas sem vencer.

A curta passagem do português evidencia o que vem se tornando regra no Brasileirão: paciência é artigo raro. A cada rodada, a sobrevivência de técnicos está diretamente ligada ao placar. Basta uma sequência negativa para que o clima no vestiário, a pressão da torcida e as cobranças da diretoria resultem em demissão.

Além do desempenho ruim, Paiva ainda se envolveu em episódios polêmicos, como o afastamento de cinco jogadores do elenco – entre eles, o atacante Deyverson. Mesmo após reforços pedidos pelo treinador, a queda de rendimento se manteve. A derrota para o Internacional, a quarta seguida, foi a gota d’água.

O caso do Fortaleza não é isolado. Em 2025, outros clubes da Série A também trocaram de comando em busca de uma reação rápida, muitas vezes sem tempo para que os treinadores implantem suas ideias. O próprio Paiva já havia sido demitido do Botafogo no início da temporada, após críticas ao seu estilo de jogo.

No futebol brasileiro, onde a luta contra o rebaixamento é tão intensa quanto a briga pelo título, o recado é claro: não basta ter currículo ou boas intenções. A primeira divisão não perdoa quem não transforma trabalho em vitórias — e rápido.

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Escrito por
Claudio Osti

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