Mais uma derrota do Londrina, mais um vexame, mais uma pá de cal na paixão do torcedor
- 226 visualizações
Mais uma derrota do Londrina. Desta vez para o Athletico Paranaense. 1 a 0. Gol de Terans aos 34 minutos do segundo tempo.
Diferentemente do vexame de ter sido goleado pelo novato Nova Mutum, por 4 a 2, no meio da semana, pela primeira rodada da Copa do Brasil, dando adeus precocemente, mais uma vez, a uma competição que rende milhões de reais aos times, perder para o Athlético, na atual conjuntura é aceitável?
o Tubarão perdeu para o rubro negro, e daí?
E daí nada, é normal. Hoje não dá para comparar os dois times. A distância entre eles é brutal. O rubro negro evoluiu absurdamente nos últimos dez anos. Deixou de ser aquele time mediano do início do século para ser uma das principais forças do futebol brasileiro.
Vem frequentando com alguma frequência a Libertadores da América, principal competição do continente.
O Londrina, por sua vez, vive de lampejos e apagões.
Hoje estamos na fase do apagão, mais uma vez.
Convenhamos, há um bom tempo e, em especial este ano, o Londrina não mete medo em ninguém, nem no Paraná, o Estado, lógico.
Num campeonato em que a maioria dos times beira o amadorismo, e que para se classificar para a segunda fase uma equipe só precisa ficar entre as oito primeiras, estar fora é um vexame. Muito vexame.
O Londrina se apequenou.
Fica evidente que há uma dicotomia entre os torcedores, e eu me incluo, e a empresa que comanda o futebol do time.
Para os torcedores o Londrina é paixão. É o time que nos representa, que emociona, que dá alegria e também tristezas. Mas é nosso, e não será abandonado.
Para a empresa gestora, no entanto, é só um negócio.
É óbvio que o futebol não pode ser só paixão. Mas nenhuma equipe esportiva, seja de que modalidade for, pode ser só negócio.
E não pode pelo claro motivo de que é a paixão que move economicamente o negócio esporte.
E a empresa gestora está matando o principal ingrediente desta relação: a Paixão do Torcedor.
No sábado torcedores do Londrina, convidados pela Falange Azul, fizeram um protesto em frente à SM Sports. Reclamam com razão.
O vexame de ficar fora da próxima fase, amargando um 9º lugar, ainda não havia se confirmado.
É fato que o Londrina vive de experiências e, invariavelmente, conta com a sorte. Traz jogadores muitas vezes com qualidade sofrível. Alguns não jogariam na C do Paranaense.
Não dá para tirar leite de pedra.
Em pouco mais de dois meses, três treinadores comandaram jogos do Londrina.
É impossível que com tamanha rotatividade, o resultado seja positivo.
O Londrina estreará no Brasileirão da Série B dia 14 de abril contra o ABC, no Estádio do Café. O time tem 47 dias para se reinventar, do contrário poderá enterrar de vez a paixão dos torcedores, e sem eles não há motivo de o time existir.