Com o Londrina, é preciso exercitar a paciência e a fé
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Por Cláudio Osti
Podia ser um pouquinho diferente, mas ainda não dá para cobrar. O jogo entre o Cianorte, o Leão do Norte, e o Londrina, foi fraco tecnicamente, tedioso para quem assistiu.
Uma vez um colega reclamava que os jogos do Paranaense são muito ruins, triste de se ver. E eu disse a ele que não dava para assistir a esses jogos com o olhar de quem vê pelos diversos canais de TV e agora internet, a Premier Ligue, Bundesliga, o Campeonato Italiano.
A velocidade é diferente, a técnica é muito superior, os estádios são belíssimos, os gramados são impecáveis. Nestas ligas que eu citei, desfilam os melhores jogadores do mundo. Não dá para comparar.
O jogo de ontem, no simpático estádio Albino Turbay, foi típico. É preciso olhar para a partida entendendo que é um jogo entre duas equipes medianas até para o Campeonato Paranaense, que diga-se, sempre foi fraco.
No Paraná, o único time que realmente tem força é o Athlético Paranaense que há anos frequenta o grupo dos melhores do País. Os demais, inclusive o Coritiba, bate cabeça ano após ano.
Por isso, é preciso entender o tedioso jogo de ontem como uma partida do Campeonato Paranaense, e não criar expectativas muito altas.
O Londrina, e diga-se, não é culpa dos jogadores ou da comissão técnica, ainda não é time de futebol. Por enquanto, é um grupo de pessoas acelerando os processos para tentar dar uma cara de time para a equipe. Não dá para cobrar.
O grupo ainda não completou um mês junto. É bem possível que alguns jogadores não conhecem os nomes de todos os demais. Mais do que qualidade técnica, é preciso o tal de entrosamento. E isso só vem com o tempo. Times medianos, bem entrosados, vão longe. Equipes com ótimos atletas, mas sem entrosamento, geralmente ficam pelo caminho.
Sobre o jogo de ontem o Londrina até que começou melhor, teve a primeira oportunidade no início da partida, chegou a ter muita posse de bola, mas sem a efetividade necessária para transformar posse em gols.
O Cianorte um pouco melhor das pernas, treinando há bem mais tempo, criou mais oportunidades, quase todas desperdiçadas por aquele detalhe que geralmente atrapalha jogadores que não tem o dom do arremate como Ronaldo, Romário, Messi e Cristiano Ronaldo. Lá o vem o colunista comparar de novo.
E foi de pênalti que o único gol do jogo foi marcado. Bola parada na cal, o atacante Raul, que havia entrado no segundo tempo, garantiu a vitória do Cianorte, que agora soma seis pontos, contra um do Londrina.
Para o torcedor do Londrina, inclusive este colunista, eu falei colunista, não confundir com comunista, é preciso exercitar a paciência e a fé em dias melhores.
Na próxima rodada, o Cianorte volta a jogar em casa e recebe o Operário. O jogo acontece na quarta-feira (24), às 20h. Já o Londrina recebe o Coritiba, no Estádio do Café, na quinta-feira (25), às 20h30.